Morre Neal Adams, artistas dos quadrinhos e ativista pelos direitos da classe. O artista morreu na última quinta-feira (28), aos 80 anos segundo informação divulgada pelo Hollywood Reporter, após comunicado da esposa Marilyn Adams.
Neal Adams revolucionou o mercado de quadrinhos de super-herói e fez muitos trabalhos, sendo mais lembrado por sua fase à frente da dupla Lanterna Verde / Arqueiro Verde e sua icônica passagem pelo Batman.
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Após um início de carreira trabalhando em histórias em quadrinhos e publicidade, Adams se tornou um grande nome na Marvel e DC no final dos anos 1960. Adams ficou marcado por trazer uma sensibilidade narrativa muito diferente para os quadrinhos, que enfatizava ângulos dinâmicos e anatomia detalhada e expressões faciais.
Criando o Batman moderno
Ao lado de Danny O’Neal, Adams ajudou a redefinir o Batman no imaginário popular, apresentando um Cavaleiro das Trevas que era magro e ágil como um ginasta.
É nesta fase onde o personagem passou a ter histórias mais sérias e mais sombrias, em contraste com série de TV de 1966. Juntos a dupla criou importantes antagonistas como Ra’s al Ghul, Talia al Ghul e Man-Bat, além de reformular vilões existentes como o Duas-Caras e o Coringa.
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Aliás falando em Coringa, a edição Batman n° 251 (1973) é geralmente creditada por transformar o Palhaço do Crime de um antagonista cômico para o inimigo mais icônico do Batman.
Lanterna Verde/Arqueiro Verde
Adams e O’Neil também foram responsáveis por Lanterna Verde/Arqueiro Verde. A série é bastante lembrada por trazer os heróis da DC Comics discutindo política e conflitos do mundo real. Enquanto Hal Jordan é criticado por ignorar a situação dos afro-americanos, temos a revelação chocante de que o ajudante do Arqueiro Verde, Ricardito, era viciado em heroína. Além disso aqui que surge o Lanterna Verde John Stewart.
Outras histórias bastante lembradas com a arte de Adams são “Vingadores: A Guerra Kree-Skrull”, na Marvel; e o confronto entre Superman vs Muhammad Ali (abaixo).
Neal Adams e a luta por direitos
Em paralelo seu trabalho de artista, Neal Adams foi um importante ativista na batalha pelo aumento dos direitos dos criadores nos quadrinhos. Além de fundar um sindicato, ele lutou para que os desenhistas pudessem ter crédito e diretos por seu trabalho.
Entre os “feitos” nesta área, Adams liderou a pressão pública para que a DC desse crédito oficial e compensação financeira aos criadores do Superman, Jerry Siegel e Joe Shuster, aproveitando o lançamento de Superman: O Filme, de 1978.