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Crítica: Ninguém Vai te Salvar é um intenso suspense com alienígenas

Foi aqui que pediram um filme mudo com invasão alienígena? Então toma!

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Escrito e dirigido por Brian Duffield, responsável pela direção de Amor e Monstros (2020), o suspense Ninguém Vai te Salvar (No One Will Save You) acaba de chegar completo no Star+ e traz como protagonista a atriz americana Kaitlyn Dever em um intenso e surpreendente filme.

No filme somos apresentados a Brynn Adams (Kaitlyn Dever), uma jovem que vive isolada pela sua comunidade por determinados motivos. Sem enrolar muito, o filme em seus primeiros minutos deixa bem estabelecido essa desagradável situação.

Apesar de sua solidão, Brynn demonstra uma notável esperança e esforço para encontrar a felicidade em sua casa, que se encontra afastada de todos.

Por mais que seja uma obra feita exclusivamente para o streaming, o filme é tecnicamente muito bem produzido, e surpreende indo em algo bastante inusitado para amarrar sua narrativa: Ele é praticamente “mudo”, representando cerca de 99% da narrativa sem diálogos convencionais.

Sim, isso mesmo. Mas não do tipo que as pessoas não tenham vozes, esse não é o caso. O diretor abusa da criatividade para criar situações onde os personagens não precisam falar, e tudo é contado apenas através das imagens e de sua trilha sonora.

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Há diversos outros filmes do tipo, onde seus protagonistas não falam, porém em “Ninguém Vai te Salvar” isso é trabalhado de uma forma tão intensa e divertida, que fica difícil não apontar esse filme como um dos trabalhos mais únicos que assisti nos últimos anos.

Sua montagem é prática e objetiva, e vai ganhando ainda mais ritmo conforme avança. Sem deixar o expectador perder o interesse em cada movimento desesperador da protagonista para tentar sobreviver ao ataque alienígena.

O diretor Brian Duffield não tenta fazer rodeios, após a grande primeira cena de suspense, onde ainda não temos certeza do que está acontecendo. Em poucos segundos ele já quer deixar claro sobre o que o filme se trata.

Sendo uma grande virada de chave quando nossas dúvidas sobre quem são essas criaturas e o que elas querem são deixadas de lado, e passamos a focar desde então em pensar como a Brynn Adams vai conseguir escapar.

A aposta em ir apresentando o novos desafios é angustiante, onde novos aliens vão aparecendo gradualmente quase como novos inimigos em jogos de videogames, ao mesmo tempo em que a protagonista fica cada vez mais cansada e debilitada a cada combate.

Toda essa correria intensa faz transbordar sensações, e por mais que seja importante, o filme também não é exatamente apenas sobre isso. Como nada é falado, é importante ficar atento aos pequenos detalhes de “Ninguém Vai te Salvar”, para não perder nada.

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Há todo um subtexto sobre culpa por nossos próprios atos, que são reforçados pela falta de diálogos no filme. Que graças a um trágico acontecimento do passado, fez com que as pessoas da pequena cidade odeiam a personagem principal, e a mesma, também se sinta péssima por todo o ocorrido. Ficando até mesmo em um estado de depressão, onde em determinados momentos até tenta contato com esses que a odeiam, mas não consegue se expressar.

Como não pode deixar de faltar em um filme desse tipo, alguns jumpscares estão mais do que garantidos para quem tiver o coração mais leve. E para quem não gosta de sangue, pode assistir tranquilo, Ninguém Vai te Salvar recebeu classificação indicativa para maiores de 14 anos, e não possui momentos exagerados com violência expositiva.

Sendo um pouco chato, talvez minha única ressalva com relação ao filme seja em relação ao visual escolhido para representar os aliens e suas naves. É literalmente o basicão, os bons e velhos “Greys“. Pois é, os cinzas cabeçudos e com olhos grandes. E suas naves são bem dentro do que a gente já viu incansáveis vezes de outras obras.

Entendo que são um clássico da ufologia de um modo geral, e no filme eles até tentam apresentar ali algum tipo de variação dessas criaturas. Que apesar de funcionar muito bem dentro da ideia do filme, eu acabei desejando querer ver algo a mais.

Conclusão: Vale a pena assistir Ninguém Vai te Salvar?

Ninguém Vai te Salvar é um bom filme de terror e suspense, que promete te deixar tenso a cada minuto. Por ser uma produção de baixo orçamento, seus efeitos especiais surpreendem positivamente. As criaturas do espaço estão muito convincentes e todas as sequências de adrenalina são extremamente bem filmadas.

No geral, assistir Ninguém Vai te Salvar é com certeza uma experiência que você vai querer experimentar. A proposta do filme é clara, e cumpre com seus objetivos. É legitimamente divertido e é um dos filmes recentes mais sinceros e espontâneos que assisti.

A sinceridade da obra me conquistou e me manteve ali vibrando a cada drible que a Brynn Adams dava nos seres de outra dimensão.

REVIEW OVERVIEW
Ninguém Vai te Salvar (No One Will Save You)
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Marlon Henrique
Formado em Designer, faço umas ilustrações e sou apaixonado por Games e Cinema. Para contato direto e sugestões de pauta, envie e-mail no link abaixo:
critica-ninguem-vai-te-salvar-e-um-intenso-suspense-com-alienigenasNinguém Vai te Salvar é um bom filme de terror e suspense, que promete te deixar tenso a cada minuto. Por ser uma produção de baixo orçamento, seus efeitos especiais surpreendem positivamente. As criaturas do espaço estão muito convincentes e todas as sequências de adrenalina são extremamente bem filmadas. No geral, assistir Ninguém Vai te Salvar é com certeza uma experiência que você vai querer experimentar. A proposta do filme é clara, e cumpre com seus objetivos. É legitimamente divertido e é um dos filmes recentes mais sinceros e espontâneos que assisti. A sinceridade da obra me conquistou e me manteve ali vibrando a cada drible que a Brynn Adams dava nos seres de outra dimensão.
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