Quem olha de fora pode até pensar que a Obsidian é só mais um estúdio no meio da multidão, mas a realidade é bem diferente. Enquanto outras desenvolvedoras incham suas equipes e levam anos para lançar um único jogo, a Obsidian segue seu próprio caminho – e, surpreendentemente, está entregando mais e melhor.
Segundo o CEO Feargus Urquhart, em uma entrevista recente ao IGN, o estúdio cresceu desde que foi adquirido pela Microsoft, lá em 2018. Mas não se engane: mesmo após essa expansão, a equipe tem apenas cerca de 285 pessoas. No mundo dos triple-A, isso é quase um milagre. Para efeito de comparação, alguns dos principais estúdios têm números bem mais robustos:
Ou seja, a Obsidian está no meio do caminho entre os pesos-pesados e os estúdios independentes – um verdadeiro lutador peso-médio enfrentando adversários de categorias bem acima. E o mais impressionante? Eles não só sobrevivem, mas dão show.
Desde 2020, a Obsidian lançou três jogos – Grounded, Pentiment e Avowed – e já tem um quarto, The Outer Worlds 2, previsto para sair ainda este ano. Isso num mercado onde cada vez mais os ciclos de desenvolvimento ultrapassam cinco anos.
Mas qual o segredo? Nada de gráficos absurdamente realistas ou tecnologia de ponta. A Obsidian foca no que realmente importa: design inteligente, narrativa envolvente e direção de arte marcante. Essa mentalidade vem do famoso "plano de 100 anos" da empresa, que parte de uma premissa simples: assuma que cada jogo será um sucesso moderado, e não um estouro de vendas. Isso permite que o estúdio administre melhor seus recursos, evitando a armadilha do "tudo ou nada" que já derrubou tantos outros.
Aliás, essa nova abordagem contrasta bastante com os tempos mais caóticos da Obsidian. Quem lembra de Knights of the Old Republic 2 ou Fallout: New Vegas sabe que esses jogos eram ambiciosos, mas também nasceram de desenvolvimentos conturbados e prazos apertadíssimos. O resultado? Jogos incríveis, mas que chegaram ao mercado quase pegando fogo. No início dos anos 2010, o estúdio quase fechou as portas.
Hoje, a Obsidian está fazendo diferente. Enquanto gigantes da indústria despejam rios de dinheiro em projetos que precisam ser sucessos absolutos para justificar seu custo, a Obsidian segue com um modelo mais sustentável, sem comprometer a qualidade. Pentiment e Avowed são provas vivas de que é possível entregar experiências memoráveis sem precisar gastar bilhões.
Claro, sempre vai existir espaço para a grandiosidade de um Cyberpunk 2077 ou um Baldur’s Gate 3, mas a Obsidian está mostrando que nem todo jogo precisa ser um colosso para conquistar seu espaço. Se continuar nesse ritmo, esse pequeno gigante vai seguir nocauteando a concorrência – e nós, jogadores, só temos a ganhar.
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