O suspense de terror que se iniciou nas telas, dirigido por John Krasinski, chegou as telas dos games e sim, ele tem identidade e carisma único, a Saber se preocupou em entregar um jogo digno com as características do filme, mas vamos conferir a análise do Avance.
O jogo começa de forma introdutória, Alex Taylor é a personagem principal do jogo e rapidamente te coloca em meio ao caos, isso não é algo ruim, o enredo se desenrola com momentos atuais e também com flashbacks, a história começa muito bem e com uma trama boa, mas na segunda parte do jogo isso esfria e fica de lado e flui de forma lenta, é satisfatório, nesse período o foco é sobreviver aos monstros, não entrarei em detalhes e não darei spoilers, a trama conta com momentos de drama, stress, perseguições, amor e isso é muito “Loko”.
O envolvimento do personagem com a protagonista começa bem, e é introduzida aos seus problemas e sua situação física, mas logo isso é deixado de lado, acho que poderiam ter explorado mais as condições físicas da personagem, o desenrolar da trama foi satisfatório.
Não gosto muito de comparar jogos, mas por que não né? O jogo lembra bastante títulos da Bloober Team como Bruxas de Blair e Layers of Fears e o título da sega Alien Isolation, a atmosfera proporcionada pelo jogo é satisfatório, principalmente pela trilha sonora quando se utiliza um fone que permite que os jogadores façam uso de uma mecânica de monitoramento de microfone. Se fizerem barulho na vida real, serão detectados pelas criaturas do jogo, durante minha jornada eu joguei cerca de 50% dela dessa forma e vai te dar muito mais imersão e a perseguição dos monstros, são nesses pontos que o jogo brilha, em determinados cenários o ambiente se torna uma arena, com diversas coisas a se fazer, enquanto a criatura te persegue e vasculha o lugar.
O jogo é linear e tem pouquíssima exploração, que te faz explorar em busca de bombinhas inalatórias, a personagem tem asma e em momentos de stress ela tem crises, como em locais empoeirados e até mesmo em que os monstros estão, temos também uma grande quantidade de colecionáveis, como brinquedos que te dá créditos, documentos e fotos.
O jogo também te coloca em frente a puzzles simples, como “peguei aquela válvula ali, para usar aqui”, , locais de escalada são pintados e por aí vai, tudo isso quebra um pouco a imersão, a tensão, a falta de exploração de itens e documentos também são pontos negativos e torna tudo muito simples, mas a gameplay brilha com seu aparelho de detector de sons, o jogador tem que controlar seus passos de acordo com o som do ambiente, até mesmo para abrir portas, gavetas, além de que, tomar cuidado onde pisa e esbarra também pode ser fatal, tudo isso foi muito bem construído.
O jogo tem bons gráficos e não foge muito da linha da maioria dos survivors horrors, mas o jogo é bonito, eu achei muito legal a preocupação da Saber em entregar algo original, temos salas e locais isolados com colchões, tudo isso para suprimir os sons dos ambientes.
O jogo também possui alguns bugs que não me atrapalharam na experiência que tive e que podem facilmente serem corrigidos por um patch.
Para um fã de A Quiet Place, você vai gostar do universo construído e vai explorar ao máximo, levei cerca de 7 ou 8h para terminar o jogo na dificuldade normal, curtindo os cenários e explorando possibilidades, As criaturas são autênticas e a atmosfera é maravilhosa.
Então, lembrem- se, cuidado com as armadilhas e acima de tudo, faça silêncio. A Quiet Place: The Road Ahead é Relevante
Texto por Renan Angelo