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O que achei de The Rogue Prince of Persia, desenvolvido pela Evil Empire

The Rogue Prince of Persia é o que os fãs da franquia precisavam!

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A Ubisoft, conhecida por suas franquias de sucesso e algumas decisões questionáveis, parece ter adotado uma estratégia de redenção com a série Prince of Persia. O lançamento do excelente Prince of Persia: The Lost Crown no início deste ano foi uma grata surpresa para os fãs e críticos, marcando um retorno triunfal com uma abordagem de Metroidvania que revitalizou a série. A decisão da Ubisoft de lançar The Rogue Prince of Persia, desenvolvido pelo estúdio Evil Empire, apenas alguns meses após The Lost Crown, é uma jogada ousada que merece atenção.

Com um preço de entrada acessível e o formato roguelike, que tem ganhado popularidade, este título em acesso antecipado parece ser uma aposta no potencial a longo prazo da série. Contudo, a recepção inicial modesta sugere que a Ubisoft ainda tem um caminho a percorrer para reconquistar a base de fãs.

A estratégia atual da empresa de testar as águas com lançamentos de menor orçamento, enquanto trabalha em um remake de “The Sands of Time”, pode ser vista como cautelosa ou até mesmo hesitante. A Ubisoft parece estar em uma encruzilhada, tentando equilibrar a nostalgia com a inovação, mas sem um claro entendimento do que seu público deseja.

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The Rogue Prince of Persia ressurge como um título que desafia as convenções dos jogos de ação e aventura, trazendo uma narrativa que se desenrola com o Príncipe retornando para encontrar sua cidade sob ataque. A premissa é simples, mas eficaz, e serve como pano de fundo para uma experiência de jogo que valoriza a agilidade e a estratégia.

A jogabilidade é uma homenagem à essência da franquia Prince of Persia, onde as acrobacias não são apenas um meio de locomoção, mas uma ferramenta vital para a sobrevivência. O Príncipe, apresentado como um guerreiro menos robusto, depende de sua inteligência e destreza para superar adversários que, em teoria, seriam mais fortes. Essa vulnerabilidade do protagonista adiciona uma camada de tensão e gratificação a cada confronto vencido.

O elemento de parkour é uma das joias da coroa deste jogo, incentivando os jogadores a abraçarem os desafios acrobáticos que são tanto um teste de habilidade quanto uma forma de arte dentro do universo do jogo. Aqueles familiarizados com “The Lost Crown” encontrarão conforto na familiaridade do conceito, enquanto novatos descobrirão o prazer de entrar no “fluxo” do jogo, onde cada movimento se encaixa perfeitamente no próximo.

As inevitáveis comparações com Dead Cells destacam as diferenças fundamentais entre os dois jogos. Enquanto Dead Cells oferece uma experiência que beira o gênero Metroidvania, The Rogue Prince opta por uma abordagem mais direta e um pouco mais linear, com um foco inabalável nas acrobacias que define sua identidade.

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Visualmente, The Rogue Prince é um banquete para os olhos, com um estilo que homenageia tanto o legado do Prince of Persia original quanto a estética dos quadrinhos franco-belgas. O Príncipe roxo pode ser um ponto de discórdia entre os fãs, mas é inegável que o jogo possui uma animação fluida e controles que respondem ao mais leve toque, criando uma experiência imersiva e agradável bem única e original.

A ausência de melhorias permanentes é uma escolha de design intrigante que coloca o foco no crescimento do jogador, em vez de no personagem. Em contraste com Dead Cells, onde o progresso material pode ser acumulado. O progresso no jogo é medido pelo desbloqueio de armas e amuletos, que enriquecem as corridas subsequentes e adicionam variedade à jogatina. As missões da história recebem um tratamento especial, com uma narrativa mais envolvente e objetiva do que a encontrada em Dead Cells.

Em uma era onde os jogos são frequentemente julgados pelo seu tamanho e escopo, The Rogue Prince of Persia se destaca por permitir que a Ubisoft tome uma direção que valoriza a qualidade e a jogabilidade refinada. É um lembrete de que, às vezes, menos é mais, e que a habilidade e a estratégia podem triunfar sobre o poder bruto.

Em resumo, The Rogue Prince of Persia é uma adição valiosa ao gênero, oferecendo uma experiência que é ao mesmo tempo nostálgica e inovadora. É um jogo que não só respeita seu legado, mas também o expande de maneiras significativas, provando que ainda há espaço para a criatividade e a inovação no mundo dos jogos.

Vale deixar claro e lembrar que The Rogue Prince of Persia é um lançamento em acesso antecipado, que constantemente está recebendo diversas atualizações e novidades até chegar ao seu estado de completude. Sendo assim, eu vou continuar acompanhando as novidades futuras que forem adicionadas gradualmente. Uma delas eu espero que seja a adição de legendas em português (Pt-BR), já que o jogo possui um certo foco na história com diálogos interessantes, e seria ótimo isso poder alcançar o público brasileiro.

É perceptível que o jogo ainda está um tanto “cru”, porém já possui conteúdo suficiente para experimentar suas divertidas mecânicas por muitas horas. Sendo assim, The Rogue Prince of Persia desde já é definitivamente um game mais do que recomendado.

Tentando derrotar o Berude - The Rogue Prince of Persia
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