Wolfenstein pode estar prestes a ganhar um novo capítulo. Um documentário recente produzido pela Noclip trouxe pistas importantes sobre o futuro da franquia. A revelação veio diretamente de Jerk Gustafsson, diretor da série na MachineGames, que afirmou enxergar os jogos lançados como parte de uma trilogia. Para os fãs, essa fala soa quase como uma confirmação de que B.J. Blazkowicz não pendurou as armas — ainda.
A franquia Wolfenstein é uma das mais antigas do mercado, com início lá em 1981, mas sobreviveu ao tempo justamente por saber se reinventar. O reboot desenvolvido pela MachineGames, iniciado com The New Order e seguido por The New Colossus, conquistou crítica e público com uma narrativa intensa e um gameplay visceral. Mesmo assim, já se passaram quase seis anos desde a última vez que vimos B.J. em ação, e a espera por novidades tem sido longa.
O documentário, lançado pela Noclip, revisita a trajetória da saga e dedica um bom tempo à fase moderna, marcada por combates frenéticos contra o regime nazista em universos alternativos. Aos 41 minutos e 16 segundos, Gustafsson deixa escapar a fala mais reveladora: “Sempre vimos essa história como uma trilogia. Desde as primeiras semanas em que começamos a planejar The New Order, já sabíamos o que aconteceria no segundo e no terceiro jogo. Acho importante dizer isso porque, ao menos espero, ainda não terminamos com Wolfenstein. Temos uma história para contar.”
Essa declaração reacendeu os rumores sobre Wolfenstein 3. Embora o título nunca tenha sido oficialmente anunciado, muitos acreditam que a provocação vista no final de Youngblood — estrelado pelas filhas de B.J. — já indicava os planos futuros da equipe. Na época, a cena pós-jogo deixou no ar a ideia de que ainda havia espaço para expandir o universo. Agora, com Indiana Jones and the Great Circle já lançado, a agenda da MachineGames parece mais aberta para retomar a franquia que consolidou seu nome.
Vale lembrar que a trilogia citada por Gustafsson não deve ser confundida com Old Blood ou Youngblood, que funcionam mais como derivados. O que está em jogo é a linha principal da narrativa, centrada em Blazkowicz e seu enfrentamento direto contra a máquina nazista. A expectativa é que o terceiro capítulo amarre as pontas soltas deixadas pelos dois primeiros jogos, trazendo uma conclusão digna para a jornada do protagonista.
Para os fãs, a possibilidade de retorno é animadora. Afinal, poucos personagens têm a mesma força de B.J. no gênero. Sua mistura de brutalidade, vulnerabilidade e resistência criou uma das figuras mais memoráveis dos shooters modernos. A MachineGames, por sua vez, já provou ter habilidade para equilibrar ação desenfreada com temas mais densos, explorando desde o impacto da guerra até dilemas pessoais do herói.
Ainda não há qualquer previsão oficial de anúncio ou lançamento. Mas a fala do diretor funciona como um sinal de que a chama ainda está acesa dentro do estúdio. Se a trilogia realmente for concluída, os jogadores podem esperar por um desfecho que combine intensidade, desafio e uma boa dose de emoção.
Até lá, resta aguardar. Mas uma coisa é certa: se Wolfenstein voltar, B.J. Blazkowicz não vai aceitar nada menos do que derrubar o regime até o fim.