Se ainda havia alguma dúvida sobre até onde Ellie seria capaz de ir para se vingar da morte de Joel, o episódio 5 da segunda temporada de The Last of Us deixa tudo às claras — e o resultado é brutal. Em pouco mais de uma hora, a série leva Ellie por um caminho sombrio de perdas, revelações e decisões que a afastam cada vez mais da garota que conhecemos no início da jornada. O capítulo, um dos mais intensos da temporada, também marca a evolução do Cordyceps para um novo tipo de ameaça, agora capaz de se espalhar pelo ar.
A trama começa com a tensão crescendo nos bastidores do hospital onde Ellie e Dina esperam encontrar Nora, uma das integrantes do grupo de Abby. Enquanto isso, acompanhamos flashbacks dolorosos e diálogos carregados de culpa e desejo de justiça. Dina revela o trauma de sua infância, e Ellie, visivelmente abalada, parece mais decidida do que nunca: ela vai até o fim, custe o que custar.
Ao invadirem um prédio teoricamente “vazio”, as duas enfrentam infectados muito mais inteligentes e organizados do que os normais — um prenúncio do que está por vir. O resgate vem na hora certa, pelas mãos de Jesse, que chega em Seattle depois de seguir as duas sem avisar. O trio consegue escapar dos infectados, mas acaba cruzando o caminho de Serafitas, que executam um soldado da WLF com crueldade. No meio do confronto, Dina é ferida, mas Ellie decide seguir sozinha. A missão agora é clara: encontrar Nora.
O reencontro entre Ellie e Nora é um dos pontos mais sombrios da série até aqui. O hospital guarda uma nova forma de infecção, mais silenciosa e mortal. Nas profundezas do subsolo, Ellie encontra corpos tomados por Cordyceps que liberam esporos no ar — um novo estágio da mutação. Mesmo exposta, Ellie permanece imune, enquanto Nora começa a sucumbir. A conversa entre as duas termina de forma violenta e sem volta: com um cano nas mãos, Ellie faz o que precisa ser feito para obter respostas sobre Abby.
Em paralelo, vemos a evolução da relação entre Ellie e Dina, que se fortalece mesmo sob o peso do caos. Mas o amor não parece suficiente para impedir Ellie de se perder de vez em sua jornada de vingança. Ao final do episódio, já não é possível reconhecer a adolescente que tocava violão ao lado de Joel. A fúria, a dor e a perda tomaram conta.
A cena final, com Ellie revivendo um momento do passado ao lado de Joel, é um soco no estômago. Um lembrete do que foi perdido — e do que ela mesma está se tornando.
Conclusão:
O episódio 5 é um divisor de águas em The Last of Us. Mais do que ação e tensão, ele entrega profundidade emocional e uma transformação radical da protagonista. Com o Cordyceps evoluindo, relações estremecidas e a vingança como único combustível, o futuro parece cada vez mais sombrio. E para Ellie, talvez não haja mais caminho de volta.