As Marvels teve de tudo: o retorno triunfante da Capitã Marvel, interpretada por Brie Larson, a estreia no cinema da Ms. Marvel, trazida à vida por Iman Vellani, e a ascensão de Monica Rambeau, interpretada por Teyonah Parris, a uma super-heroína completa. Este trio icônico se uniu como As Marvels, frustrando os planos nefastos de Dar-Benn, uma marcante alienígena Kree interpretada por Zawe Ashton, armada com um martelo gigante e uma sede maníaca de drenar os recursos naturais dos mundos.
Como de costume, fiel ao estilo característico da Marvel, o filme inclui uma cena pós-créditos tentadora, prometendo mais surpresas para os ávidos entusiastas de super-heróis.
ALERTA DE SPOILER:
Durante a cena pós-créditos de As Marvels é apontado a chegada dos X-Men. No desfecho do filme, Capitã Marvel, Ms. Marvel e Monica Rambeau enfrentam as consequências do caos causado por Dar-Benn.
Antes de sucumbir, Dar-Benn utiliza uma quantidade imensa de poder para rasgar o espaço-tempo, criando, como Monica descreve, um buraco de minhoca para outro universo. Sim, estamos de volta ao multiverso no MCU, mas, felizmente, aqui é bastante simples: Ninguém precisa entender Kang, reinos quânticos ou qualquer coisa complexa encontrada em Quantumania. Então, Monica precisa usar seus poderes de luz para selar o buraco, garantindo que cada universo permaneça intacto.
Monica consegue selar os buracos, mas, ao fazê-lo, ela atravessa para o universo paralelo. Capitã Marvel tenta salvá-la, mas é tarde demais. O filme termina com Monica separada de Carol e Kamala.
Na cena pós-créditos, Monica desperta em uma espécie de unidade médica. Ela olha e vê uma mulher que parece ser sua falecida mãe, Maria Rambeau (Lashana Lynch). A mulher não reconhece Monica e se afasta. Monica começa lentamente a perceber que, embora essa mulher se pareça com sua mãe (afinal, é a mesma atriz), ela não é a Maria que Monica conhece.
Enquanto ambas as mulheres tentam juntar as peças do que está acontecendo, alguém não visto entra na sala e começa a informá-las. A voz masculina explica que Monica foi encontrada flutuando no espaço por alguém chamado Binária, e Binária cuidou de Monica na área médica. Monica, diz a voz, parece ser de um universo diferente. A câmera se move para cima e revela que a pessoa falando é o Fera, também conhecido como Hank McCoy, um dos X-Men. Kelsey Grammer, que interpretou o Fera nos filmes X-Men da Fox, reprisa seu papel.
O Fera diz a Monica que Charles (como em Charles Xavier, líder dos X-Men) quer falar com todos eles e que a mulher que ela pensa ser sua mãe é Binária, a heroína que a salvou. A cena corta quando Monica entende que está presa em uma linha do tempo paralela e precisa descobrir como voltar para casa, provavelmente com a ajuda do Fera, Binária, Charles e possivelmente dos X-Men. O tema de X2, do filme de 2003, toca enquanto a cena termina.
O significado da cena pós-créditos de As Marvels
A cena é significativa por várias razões, mas a maior delas é que sugere a possibilidade dos X-Men encontrarem seu caminho para o MCU mais cedo ou mais tarde. Desde que a Marvel readquiriu os direitos cinematográficos dos X-Men (como parte da aquisição da Fox), os fãs aguardam para ver quando e como a empresa trará os mutantes para o MCU. Antes de a Marvel transformar os Vingadores em uma franquia cinematográfica multibilionária, os X-Men, junto com o Homem-Aranha, eram os heróis mais reconhecíveis e lucrativos da empresa.
Se os X-Men existem em um universo paralelo e Monica Rambeau também está lá, é provável que haja uma história em que um ou dois de nossos alegres mutantes se unam a ela quando ela voltar para a linha do tempo principal.
Mas calma, que ainda há algumas outras observações a serem feitas aqui.
Este é agora o segundo momento em que um X-Men aparece em um filme do MCU. Em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura de 2022, Charles Xavier, também conhecido como Professor X (Patrick Stewart), aparece em, sim, um universo paralelo. Mas Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) o mata em uma cena bizarra. A morte do Professor X nesse universo anteriormente visto indicaria que Monica está, na verdade, em um mundo diferente daquele que vimos em Multiverso da Loucura. Isso significa que há pelo menos dois universos paralelos no MCU nos quais os X-Men existem e interagiram com a linha do tempo principal do MCU. E se há X-Men nessas realidades alternativas, poderia sugerir que pode haver alguma variação dos X-Men e mutantes já presentes na linha do tempo principal do MCU.
A outra coisa chocante que acontece na cena pós-créditos, que já citamos, é a referência a Binária. Nos quadrinhos, Binária é a forma mais poderosa da Capitã Marvel/Carol Danvers. Carol se torna uma entidade cósmica e isso permite que ela viaje à velocidade da luz e comande o poder das estrelas. Embora essa encarnação dos quadrinhos possua a consciência humana de Carol, sua Binária é referida como um ser autônomo mais elevado ou mais poderoso. Ela é uma aliada dos X-Men (principalmente porque os X-Men estão frequentemente no espaço e porque os X-Men são amigos de Carol), mas prefere viajar e se aventurar sozinha no cosmos, percorrendo todas as galáxias. Já os X-Men geralmente costumam ficar por perto da Terra.
Dado que Binária está associada a Carol Danvers, pode ser que a mulher que Monica pensa ser sua mãe (e novamente, interpretada pela mesma atriz) seja na verdade a variante de Carol daquele universo. Ou, talvez, nesse universo, Maria Rambeau se torne a própria Binária, o que explicaria por que ela não conhece Monica.
O que está claro é que a introdução de Binária e as reviravoltas desses personagens dos X-Men vão estimular teorias e especulações entre os fãs — e isso é algo que a Marvel precisa, dada a situação morna do MCU. É um emocionante crossover com muito potencial. A questão é que só descobriremos exatamente como os X-Men se encaixarão no MCU quando Monica e o trio se reunirem — seja quando for.
E claro, além dessas duas atuais aparições confirmadas dos X-Men dentro do MCU, também já está mais do que confirmado a participação de Hugh Jackman interpretando mais uma vez o icônico Wolverine, dessa vez em Deadpool 3. Produção que agora pertence a Marvel, e que com certeza também servirá como ponte para conectar ainda mais esses universos – mesmo que seja com muitas zoeiras.